BOLETIM 1308 - Missão Ribeirinhos Amapá & Pará
- Claayton Nantes

- há 6 horas
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Nº 1308 – ANO XXV – 18 a 24 de outubro de 2025

Saímos de São Paulo no dia 07 de outubro 2025, e já foi uma grande aventura nos aeroportos, pois muitos missionários fizeram 3 ou 4 conexões, conhecendo assim os aeroportos do Brasil. São Paulo – Brasília – Belém e Macapá, ou São Paulo – Rio de Janeiro, Belém – Macapá, e enfim... chegamos em Macapá. A correria para comprar os alimentos para a equipe nesses dias, e também doces, brinquedos, balas e bexigas para as festividades de mulheres e crianças. Na quarta-feira pegamos o barco destino ao Arquipélago de Bailique na Vila Progresso.
Bailique hoje, é um arquipélago composto de 8 ilhas que conta aproximadamente com 13 mil habitantes às margens dos rios, divididos em 57 comunidades ou vilas, que enfrentam um tremendo desafio de erosão e salinização, e ainda nesse período é atacado violentamente pelas pororocas que tem acelerado o processo de erosão.
Após 14 horas de navegação com muitas maresias, onde alguns da equipe tiveram um forte mal-estar, porém, chegamos.
Logo ao chegar já nos mobilizamos para desembarcar malas e mercadorias, alguns já foram para cozinha, outros arrumar as malas, quartos, redes, para já dividirmos em 2 equipes – 1 que viajou com um barco menor para Igarapé do meio, e outra equipe visitando pastores e enfermos da Vila Progresso e convidando para um culto à noite, e as atividades do sábado. Já no segundo dia no arquipélago, dividimos a equipe para continuar as visitar em Vila Progresso e outra equipe em Freguesia. Contando com inúmeras experiências de salvação, crianças sedentas pela palavra de Deus, em todos os locais fizemos uma dinâmica com as crianças e também oração nos lares, além de convidá-lo para a atividade dos pastores e líderes; tarde de crianças e encontro de mulheres para assim saírmos do arquipélago rumo ao porto de Macapá, e de lá seguirmos viagem para o Arquipélago de Afuá – “a Veneza Marajoara, pois faz parte da Ilha do Marajó a capital mundial das bicicletas”, contando com uma população aproximada de 40.000 habitantes, só em Afuá.
Uma alegria rever os missionários e amigos da região, logo uma equipe foi pegar a ‘voadeira’ e visitar um igarapé, e ver uma árvore que atinge 60 metros de altura, e 3 metros de raiz, chamada Samaúma que fica num vilarejo chamado MURALHA.
Ao retornarmos logo almoçamos e nos preparamos para ir em um culto numa região chamada Vila de Pentecoste, onde ministramos na Igreja Assembleia de Deus – foi uma noite maravilhosa, e após tivemos um momento de comunhão jantando junto aos irmãos da Igreja, mas um grande desafio voltar numa pequena lancha com 12 pessoas numa escuridão violenta nesse braço do rio Amazonas, mas graças a Deus chegamos.
Dia seguinte uma equipe ficou em Afuá para visitarmos a base da MAC, da MEAP, o Posto de Saúde e também a CAEG (experiências marcantes), e outra equipe foi para a Vila de São Joaquim em um Catraia (uma espécie de barco comum na região), porém, as maresias foram tão violentas que todos tiverem que ajudar a tirar água do barco para não naufragarem, porém as ondas eram muito violentas que estouraram a lona, mas graças a Deus chegaram, e no culto vieram pessoas de todas as regiões ao redor, foi um grande desafio dormir naquela vila, mas na madrugada tiveram que retornar para não perdermos a lancha que nos trouxe de volta para Macapá.
Ouvimos muitas histórias de acidentes, afogamentos, suicídio e assassinato, um povo sedento da Palavra, que necessita de missionários e pastores para ministrar a Palavra – a curto, médio e longo prazo, pessoas que possam se doar para ministrar 3 meses, 6 meses, 1 ano, ou assumirem o chamado de SER A VOZ NO DESERTO “SOBRE AS ÁGUAS” dos ribeirinhos brasileiros. Templos estão fechado e um povo clamando por socorro, “A QUEM ENVIAREI E QUEM HÁ DE IR POR NÓS!”
Claayton Nantes




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