Nº 1175 – ANO XXIII – 01 a 07 de abril 2023
Quando olhamos para o ‘mundo monarca’ temos um paralelo mais aproximado acerca do REINO DE DEUS, pois esse é o sistema de governo nos céus. E no sistema de governo monarca existe uma cerimônia de coroação que será feita ao sucessor, podendo ser feita até vários meses após a morte do monarca anterior, pois a celebração é considerada como uma ocasião de alegria que ficaria inapropriada quando o luto ainda continuasse. Isso também dá aos planejadores tempo suficiente para organizar a cerimônia, embelezar todo o palácio com muitos arranjos e decorações.
Fazendo um paralelo com o nosso Senhor Jesus Cristo, a morte é a dEle próprio, porém para a cruz do calvário, Ele foi coroado com uma coroa de espinhos, porém essa literalmente não é a coroa que nosso Rei merece, porém, mediante a Palavra que nos deixou, sabemos que Ele foi coroado com uma COROA DE GLÓRIA! Glória é a somatização de todos os atributos divinos. Glória é o “resplendor”, o brilho, a pureza!
Normalmente descrevo a glória comparando-a a um “curto de alta voltagem”; vamos imaginar dois cabos de alta tensão elétrica, 15, 20 mil volts sendo colocados em curto, e dá aquela explosão que gera aquele clarão que ofusca, cega a vista de qualquer pessoa que está assistindo – isso é uma comparação da GLÓRIA! Tenta imaginar uma “COROA DE GLÓRIA”, essa sim é a coroa que nosso Senhor merece; porém para entendermos quando Ele recebeu essa coroa precisamos entender toda a “ordem” que Deus revelou a Moisés quando o ordenou construir a réplica do Tabernáculo no deserto. Réplica essa que Moisés tinha visto o original nos céus quando levado em espírito, através de uma experiência quando arrebatado pelo próprio Deus. Depois que o homem pecou, Deus veio procurando meios de Se comunicar com este homem, porém todo Antigo Testamento eram “sombras”, “mensagens subliminares” que apontavam para uma verdade que seria revelada na vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Tabernáculo tinha três ambientes: O átrio, o Lugar santo e o Santo dos santos.
Cada ambiente tinha suas ‘mobílias’ específicas. No átrio por exemplo, através de uma única porta de entrada (representando Jesus), logo se deparava com o altar de holocausto e na sequencia a bacia revestida de espelhos e cheia de água, para o ritual de purificação; ao passar pelas 5 colunas e 4 portas adentrava no “Lugar Santo”, em que sua mobília era uma mesa da proposição dos pães, o candelabro de 7 hastes e o altar de incenso; e um longo e espesso véu que separava do Santo dos santos – ambiente este que tinha apenas a arca da aliança, com uma tampa chamada propiciatório, com a figura de 2 querubins frente um ao outro, local onde se manifestava a GLÓRIA.
O Sumo Sacerdote só poderia entrar neste local uma vez no ano que era no Dia da Expiação; porém não poderia entrar neste ambiente, sem antes fazer todo o ritual de purificação, aspergir o sangue do sacrifício, por si, pela sua família e pelo povo, e encher o ambiente de incenso (que representa as orações dos santos), quando ele passava por esse ritual de purificação ele não poderia mais ser tocado por ninguém até se apresentar no Santo dos santos e a glória do Senhor se manifestar – isso foi “SOMBRA”, mas nosso Senhor Jesus cumpriu cada etapa, e mesmo sendo coroado nesta terra com uma coroa de espinhos, Ele era a expiação, Ele era o sacrifício, Ele mesmo apresentou-se não com sangue de animais, mas com o próprio sangue, não num tabernáculo terrestre, mas no celeste – no verdadeiro; para apresentar o Seu próprio sangue para expiação dos pecados de todos, e lá, sim, no Santo dos santos – foi COROADO DE GLÓRIA.
“Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo distribuídos por sua vontade? Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos; mas, em certo lugar, testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites? Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras de tuas mãos. Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas, agora, ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas; vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos”. Hebreus 2:2-9. Este é o lindo musical que o Coral e o Ministério de Danças prepararam para esta Páscoa, não perca, traga sua família.
Claayton Nantes
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