Nº 1173 – ANO XXIII – 18 a 24 de março 2023
Todos os dias na viração do dia, o Criador visitava o Jardim do Éden para conversar com Adão.
Na verdade essa visita era muito mais do que um bate papo; essa visita era para “recarregar as baterias”, me entenda a colocação da palavra “energizar o homem” que tinha sido criado à Imagem e Semelhança de Deus.
Somos um espírito e possuímos uma alma e moramos num corpo. Como um ser à imagem e semelhança, eu creio que o homem era cheio da “glória” (somatização de todos os atributos de Deus), creio que o homem assim como Lúcifer antes da queda, era um “ser de luz”, um ser que resplandecia! E de onde vinha essa “GLÓRIA”? Dessas visitas que Deus fazia todas as tardes.
Desde o momento em que Adão pecou – ‘ICABODE’, a glória se foi, a luz se apagou e o espírito morreu (se separou de Deus); Não há palavras para descrever tamanho prejuízo que o pecado trouxe na humanidade. Mas Deus que é riquíssimo em misericórdia, enviou Seu Filho ao mundo para todo aquele que nEle crê possa ter vida – a VIDA ZOE – vida abundante, vida do tipo da vida de Deus – vida eterna.
Através do sacrifício de Cristo Jesus na Cruz do Calvário, hoje podemos ter comunhão com Deus, hoje podemos ser cheios do Espírito Santo de Deus novamente, mas para isso, temos que buscá-lO, temos que nos santificar, ansiar, desejar, devemos estar ‘SEDENTOS POR SUA PRESENÇA’.
A ordem de Jesus Cristo à Igreja Primitiva foi: “Ficai em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de PODER”, esse poder é o DUNAMIS – poder explosivo, poder do Espírito, a glória que o homem perdeu no Éden.
Com sua morte salvífica na Cruz do Calvário, Jesus nos religou ao Pai, e agora temos comunhão com Deus, e o espírito que estava morto – REVIVEU, e agora o Espírito Santo não é mais de visitação como na dispensação da antiga aliança – LEI. Agora, o Espírito Santo habita no nosso espírito desde o dia que confessamos Jesus Cristo como nosso Único Senhor e Salvador da nossa vida.
Desde este momento, já temos o Espírito Santo, porém, agora temos que buscar a plenitude do Espírito. O apóstolo Paulo nos instrui: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração”. Efésios 5:18-19.
A Igreja de Atos andava no Espírito, orava no Espírito, agia em fé e por isso curava os doentes, operava sinais, prodígios e maravilhas.
Uma igreja sedenta pelo poder do Espírito opera o sobrenatural (que é o natural do Reino dos céus).
Arthur Wallis disse: “Os caminhos do cristianismo apostólico precisam ser recuperados, ou a igreja dos dias futuros jamais irá se libertar das tormentas que já ameaçam ceifá-la”.
A Igreja só tem poder porque o Espírito Santo lhe foi dado, e esse poder só pode se manifestar se vivermos uma vida de busca incessante, um anseio de Sua Presença, uma plenitude de Sua Glória.
Precisamos nos apresentar diante da Presença do Senhor vestidos de panos de saco, cobertos de cinzas, em contrição pelo pecado, iniquidade e transgressão dessa geração que tem afastado a glória do Senhor do santuário.
Necessitamos urgentemente de um novo Pentecostes, precisamos mergulhar nas águas do Espírito. Um despertamento de santidade em jejum e oração. O mundo precisa saber que existe um Deus no céu, necessita de uma Igreja que reflita a glória de Deus para alcançar os perdidos que caminham a passos largos para o inferno, essa verdade tem que nos incomodar, agarrar em nós como uma febre que nos leve a uma verdadeira faxina pessoal de vida cristã. A resposta para o nosso dilema não é uma nova revelação do céu, mas buscar os caminhos antigos e cavar os velhos poços, os quais foram entupidos por um conhecimento dito superior, pelo orgulho humano e por uma desobediência vazia. Será que não podemos pagar o preço do Pentecoste?
Claayton Nantes
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