Nº 1140 – ANO XXII – 30/07 a 05/08 de 2022
Realmente quando o escritor de Hebreus descreveu: “Tendo Deus falado de diversas vezes e de muitas maneiras... (Hebreus 1:1-4)”, ele não estava exagerando em nada, pois Deus falou e continua falando de diversas formas, para alcançar alguns de qualquer maneira.
Uma das formas de Deus falar é através das Festas Judaicas. Deus ordenou que Israel celebrasse sete festas, chamadas convocações solenes do Senhor. Aliás, quando Deus ordenou a Moisés ir pedir para Faraó deixar o povo ir, era para que celebrasse FESTA NO DESERTO! Prestasse culto no deserto. Tratava-se de festas memoriais de Seus grandes feitos entre os israelitas para que eles não se esquecessem das maravilhas e dos milagres que Ele havia realizado pelo povo.
Cada festa tem um sentido simbólico-profético da salvação divina futura, sem contar que há uma ‘cristofania’ em cada festa.
Todas as festas estão tremendamente ligadas à agricultura, apontando para os períodos de colheita, por isso, as primeiras quatro festas caem na primavera e tiveram um cumprimento profético na primeira vinda do Messias, e as demais caem na época do outono.
Aliás, o único “folclore” do mundo que não é místico ou maligno é o folclore judaico, pois está firmado em princípios divinos apresentados por YHWH na Sua Palavra.
As festas servem como memoriais didático-profético, além de relembram grandes feitos, milagres e livramentos de Deus, ensinam alguma coisa e ainda profetizam algo acerca do Senhor e Salvador Jesus Cristo na primeira ou segunda vinda.
Memoriais estes que foram estabelecidos através de grandes feitos e firmados como estatuto perpétuo para que o povo não se esqueça das maravilhas que Deus fez ao Seu povo.
A Páscoa judaica por exemplo, relembra a saída do povo hebreu do Egito, da terra da escravidão, libertação, lembrando do grande livramento que toda família teve, ao sacrificar um cordeiro e colocar sangue nos umbrais da porta. A hora que o anjo do Senhor passou (Pessach) sobre a terra do Egito, toda casa em que havia a marca do sangue nos umbrais e na verga da porta, o anjo pulava aquela casa, porém, toda casa em que não houvesse a marca do sangue (toda casa em que não morreu um ‘substituto’, houve a morte do primogênito). Isso é história, a realidade, o que aconteceu; porém, era profético para representar o sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo – Jesus Cristo homem, que veio em carne e sangue, e através da Sua morte, nos tirou do pecado, da escravidão, e àquele que passa pela porta que tem as marcas do “Sangue do Cordeiro”, não vai passar pela morte eterna, terá vida eterna.
Assim também acontece nas outras festas.
Muitos teólogos concordam que Jesus nasceu numa Festa dos Tabernáculos – porque Ele ‘tabernaculou’ entre nós!
Ele ressuscitou na Festa da Primícias, porque Ele é a primícia da ressurreição.
Porém as festas que estão relacionadas ao plantio, à colheita, à agricultura, também apontam para a Grande Colheita que haverá na consumação dos tempos. O arrebatamento da Igreja é uma colheita, aliás, a morte dos santos é vista como ceifa, como colheita do Senhor da seara, que toma para Si os frutos.
Todas as sete festas do Senhor tinham relação com o serviço de sacrifícios e, portanto, com o santuário da Tenda da Congregação e, posteriormente, com o Templo: Pessach (Páscoa); Pães Asmos; Primícias; Pentecostes; Trombetas, Yom Kippur (Expiação) e Succoth (Tabernáculos); além destas, também celebram Hanukkah (dedicação do templo – do tempo dos Macabeus), e de Purim (do livramento de Deus para o povo judeu através da rainha Ester).
É bonito vermos o folclore judaico, conhecermos o contexto bíblico em que elas foram estabelecidas, ver o cumprimento em Jesus é fascinante; porém se tornam mais interessantes ainda quando entendemos que em cada festa tem um código apocalíptico – um cumprimento escatológico reservado para o tempo do fim.
Esse é o tema da matéria que teremos no seminário nesta semana de 01 a 05 de agosto nas turmas das 9h às 12h ou 19h30m às 22h, não perca, tremendas revelações escatológicas que estão prestes a se cumprir!
Claayton Nantes
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