Nº 1089 – ANO XXI – 07 a 13 agosto de 2021
É notório que os tempos estão mudando, e mudando numa velocidade violenta. Mas essa mudança não começou da noite para o dia – vem sendo planejada há anos com estratégias sutis e capciosas, que com pequenas informações vem plantando sementes malignas no coração e na mente da sociedade.
Hoje vemos pessoas com uma mentalidade anticristã impregnada nos ideais e prática de vida, algumas delas até dentro da própria igreja.
A igreja entregou a política para o mundo, achando que é algo com que não devia se envolver ou discutir.
Jesus afirmou: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui.” João 18:36
Muitas vezes ficamos a pensar o que é o “Reino de Deus”?
Reino de Deus é a forma de Deus agir, pensar, falar, enfim – uma cultura!
Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Temos, porém, que estabelecer a cultura do Reino neste mundo, pois Ele mesmo nos estabeleceu por “sal da terra” e “luz do mundo”. Mateus 5:13
Estamos numa geração que está relativizando toda a verdade, querendo impor que a verdade de cada um é diferente, definindo uma neutralidade, achando que isso é “liberdade”, levando as pessoas a se isentarem de defender a Cristo, defender a Palavra, ausentando-se de um posicionamento. Mas quando você se omite, deixa que as pessoas conheçam a Cristo de qualquer maneira, e acaba condenando a Cristo e deixando as pessoas pensarem o que quiserem dEle.
Não preparamos nossos jovens para encararem a universidade, enfrentarem o mundo com conteúdo sólido, prontos para enfrentarem o assédio e o bombardeio de ideologias e filosofias mundanas. Precisamos despertar! Não podemos deixar nossos adolescentes e jovens “inocentes, ou ingênuos”, pois os filhos das trevas são mais astutos do que os filhos da luz (Lucas 16:8).
Sempre me questiono que pedagogia usaram os pais de adolescentes como Moisés, José, Daniel, a garota escrava na casa de Naamã, jovens que mesmo estando escravizados na “terra do pecado”, as nações gentílicas (Egito, Babilônia, Síria), não se corromperam com seus costumes, não se deixaram levar, não se influenciaram. Ao contrário, influenciaram, mesmo tão jovens, porque estava impregnada neles a essência do Reino de Deus.
O diabo mudou as estratégias e se infiltrou no meio da Igreja e tem desconstruído a verdade da Palavra, querendo implantar uma cultura que vai contra a cultura do Reino de Deus.
A escola foi transformada em um local de formar “ativistas” que lutam para impor seus valores, e qualquer coisa que se levante contra isso é taxada de “intolerância”. Mas esses ativistas não enxergam as intolerâncias que fazem ao próximo. Dizem que estão preocupados com os “excluídos”, mas, na verdade, estão excluindo a maioria para impor suas filosofias.
Chamam sua insanidade de “desconstrução da base judaico-teológica”, rejeitando a cultura judaico-cristã, e classificam o que chamam de “novo cristianismo”, batizando isso de “teologia inclusiva”.
Numa geração que precisa de vozes coerentes, os gritos não podem ser desperdiçados com revoluções vazias de conteúdo.
O local do culto é protegido pela constituição, mas eles permearam formas de poder impor suas vontades, disseminando sementes malignas, através de pequenos conceitos, imagens e atitudes.
A realidade não é mais aquilo que você vê, mas aquilo que se impõe; as pessoas estão perdendo seus valores, abrindo leques para serem e fazerem o que eles querem.
Quando nos omitimos diante disso, estamos perdendo uma guerra no campo da mente. O diabo tem imposto seus ardis arrebanhando uma geração. Os conceitos e valores que você tem sobre pai, mãe, família, amor, juízo, justiça, casamento, sexo, tudo isso tem que vir da Bíblia. Os conceitos e valores bíblicos são inegociáveis, pois sem Cristo não somos nada!
Conforto e crescimento não coexistem – para você passar num concurso, tem que acordar cedo e dormir tarde, passar o dia na busca do conhecimento. Então, não ignore o processo do confronto de Deus na sua vida, porque é só a pressão que faz com que você cresça.
Não deixe que o mundo torne seu ventre num cemitério, pois Deus criou o útero da mulher como um lugar de vida!
Para que possamos influenciar e salvar essa geração, vamos despertar e agir: diga não ao aborto, à libertinagem sexual.
Diga não à desconstrução dos valores cristãos; não se conforme, mas transforme o mundo. Romanos 12:2
Claayton Nantes
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