BOLETIM 1272 - Pré-Reformadores
- Claayton Nantes
- 9 de fev.
- 3 min de leitura
Nº 1272 – ANO XXV – 08 a 14 de fevereiro de 2025

Estudamos nessa semana no Seminário teológico a História do Livro de Atos dos Apóstolos, e vimos que muitas pessoas morreram para que o Evangelho chegasse até nós.
O primeiro mártir da Igreja, o diácono Estevão, (visto que ela foi estabelecida no Dia de Pentecostes), e logo depois o apóstolo Tiago, depois a história da Igreja vai mostrando cada um dos apóstolos sendo mortos de maneiras absurdas, torturas e sentenças das piores possíveis, a terrível perseguição de Nero, crucificando o apóstolo Pedro de cabeça para baixo e o apóstolo Paulo sendo decapitado no ano de 67dC.
Dos anos 70 a 313 a igreja foi terrivelmente assolada e perseguida pelos terríveis imperadores romanos, mas mesmo em meio ao sofrimento, formaram o Cânon Bíblico, desenvolveram as organizações eclesiásticas, estabeleceram e fundamentaram as “doutrinas dos apóstolos”, até que em 394 Constantino estabelece o cristianismo como religião oficial do império, foi quando as perseguições amenizaram, porém os desvios e corrupções se alastraram dentro do credo religioso. De certa forma foi uma vitória para o cristianismo, mas uma tremenda derrota para as conversões. Pois o Estado se fundiu com a Igreja, e começou a cobrar impostos, e taxar as consagrações, vendendo “cargos e posições dentro da Igreja”, e por conveniência muitas pessoas de posse compravam posições de autoridade sem conversão ou conhecimento da verdade.
Esse período foi chamado de “Igreja Imperial”, pois toda decisão tinha que passar pelo império, e com isso houve o aparecimento de muitos desvios doutrinários com interesses e motivações humanas. À cada dia que passava, se dava mais e mais poder ao imperador, até que unindo o Estado com a Igreja, Constantino de certa forma favorece o cristianismo, a construção de muitas e muitas basílicas, porém, iniciam os desvios doutrinários e se retira o acesso dos textos ao povo confinando nos mosteiros somente aos monges, até se estabelecer todo o poder papal, onde tudo o que papa falava era lei, sem conferir se estavam ou não nos escritos sagrados, foi onde se criou as indulgências, credos e heresias, e depois vem o período das Cruzadas, Roma se apropria da arte e literatura, e é o período chamado de IGREJA MEDIEVAL ou ainda era negra da Igreja.
Mas em todo o tempo houveram remanescentes como luz em meio às trevas. De 1140 a 1205 se levanta Pedro Valdo um rico comerciante e religioso de Lyon, que forma um grupo de seguidores, discípulos de seus ensinos que tornaram-se conhecidos como “Os Pobres de Espírito” e após a sua morte passaram a se chamar os “Valdenses”.
De 1325-1384, John Wycliffe confrontou os desvios doutrinários da verdade e defendia que o texto sagrado – A BÍBLIA tinha que ser para todos; todos deveriam ter acesso aos escritos sagrados, e como um grande professor formou muitos discípulos até se proibido de lecionar devido às suas posições; porém, aproveitou essa decisão das autoridades e levantou um grupo para se dedicarem incansavelmente na tradução da Bíblia para o Inglês. Seus seguidores após sua morte passaram a ser conhecidos pejorativamente como “OS LOLARDOS”.
Influenciados pelos escritos de Wycliffe, John Huss (1372 a 1415) que vai ser queimado em praça pública por confrontar os erros e expor heresias, porém, se levanta um grupo de seus seguidores que são chamados de “Os irmãos Boêmios”. Esses movimentos e insatisfações vão se alastrando e em diversos lugares se levantam heróis em defesa da verdade, tais como (1420-1489) John de Wessel de Groningen/Holanda; 1452-1498 – Jerônimo Savonarola da Florência na Itália; 1466-1536 – Erasmo de Roterdã, até chegar em 1517 na Reforma Protestante de Martinho Lutero.
É impactante vermos a ousadia e coragem desses homens que morreram em defesa da fé, para que o Evangelho chegasse até nós. Vale a pena conhecer suas biografias e ver o que esses homens fizeram!
Claayton Nantes
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