Nº 1216 – ANO XXIV – 13 a 19 de janeiro 2024
Rabi vem do grego rhabbi (ou rhabbei) e é uma transliteração de uma palavra hebraica usada como uma expressão de respeito e honra. No hebraico, o termo rav significa “grande”, “mestre”, e acabou tomando o sentido de “professor”.
Originalmente, a expressão “Rabi” era usada como um tipo de marca de respeito, no sentido de reverência. Logo, Rabi significa literalmente “meu mestre”, “meu grande mestre” ou “meu ilustre senhor”.
Raboni vem do grego rhabboni ou rhabbouni e possui origem aramaica, tendo o mesmo significado do termo “Rabi”. Alguns identificam o termo “Raboni” como sendo uma forma mais intensificada do termo “Rabi”, ou seja, seria um tratamento mais solene geralmente aplicado quando nos referimos a Deus.
Maria usa o termo Raboni ao se dirigir a Jesus após a ressurreição (João 20:16).
Jesus coleciona diversos títulos, bem como sendo a Segunda Pessoa da Trindade, Ele possui inúmeros atributos, mas um de Seus ofícios que mais se destacou em Sua vida e ministério terreno foi o do ENSINO – Ele sempre ensinou com tamanha propriedade, ousadia, autoridade e convicção!
Ele não só discipulou os que tinha escolhido para serem seus discípulos mais próximos, mas os comissionou a “irem e fazerem discípulos”, essa “Grande Comissão” nos alcança e compete a cada um de nós também.
Como é gratificante saber que podemos fazer parte do grande ministério de ensino que nos foi legado por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Todo aquele que quiser desenvolver um ministério com excelência, deve olhar para Jesus – O Mestre dos mestres.
Continuamente Ele foi chamado de Mestre, Rabi, Senhor, evidenciando que o povo O respeitava e reconhecia-O como Mestre.
As pessoas reconheciam Sua grande habilidade no ensino, didática e comunicação.
É provável que Ele, como todas as crianças judias, tenha frequentado uma escola fundamental na sinagoga, porém Sua sabedoria impressiona os doutores, escribas e mestres do templo aos doze anos de idade. Lucas 2:42; João 7:15
Jesus demonstrou Sua habilidade em ler, como tinha de costume ao frequentar a Sinagoga – Lucas 4:16.
Ao analisarmos os Evangelhos, percebemos que Jesus conhecia profundamente as Escrituras Sagradas. Fazia citações de memória abrangendo todo o Tanak (Toráh, Neviim e Ketuvin – ou seja, a lei, os profetas e históricos).
Se quisermos transformar uma geração, tem que ser através do ensino, do conhecimento, o que Paulo explicou com muita propriedade ao escrever sua carta aos Romanos 12:1-2.
Jesus sempre demonstrou interesse e amor por todos, sempre fazia algo para ajudar as pessoas. Atitudes como essas sempre caracterizaram os grandes mestres que passaram por este mundo. Esse desejo de servir é indispensável no ensino. A chamada para ser discípulo sempre inclui serviço.
Nunca houve na história da humanidade alguém melhor preparado para ensinar do que Jesus, e Ele deve ser nosso referencial, exemplo e modelo a ser seguido, imitado!
Até o próprio mestre Nicodemos reconheceu e afirmou: “...Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele”. João 3:2
Ele é a Palavra encarnada – o Verbo que se fez carne, o próprio Verbo nos ensina da verbalização da existência de Deus; mas não só Sua dedicação, capacidade e idoneidade – Ele se mostrou mais idôneo para a arte do ensino, e o vocábulo ‘idôneo’ no original é “hikanós” que significa “suficiente, amplo, qualificado”; que possamos imitá-lO ensinando de forma eficaz, contundente, tendo o mesmo desejo e dedicação assim como era o desejo dEle de que “ensinar, fazer discípulos” seja um ministério contínuo de forma plena.
Claayton Nantes
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