Nº 1201 – ANO XXIII – 30/09 a 06/10 2023
Chegamos a mais uma celebração tríplice do calendário judaico: Rosh Hashanah (Festa das Trombetas); Yom Kippur (Dia da Expiação) e Succot (Festa dos Tabernáculos).
As festas bíblicas foram estabelecidas por Deus por estatuto perpétuo, e cada uma delas tem uma mensagem cristofânica e também um calendário profético na “agenda de Deus”.
Rosh Hashanah é o anúncio de um novo ano, este 5784 (Ano de Portas Abertas) que acredita-se ser o dia em que Adão foi criado, é o período do Éden; mas uma semana depois, já é celebrado o Yom Kippur – uma das mais sagradas festas do povo judeu – dia do perdão, dia da expiação; e exatamente sete dias depois, Festa dos Tabernáculos, exatamente neste final de semana que estamos. Esse agrupamento de três festas é a celebração da glória de Deus.
O Rosh Hashanáh é o TOQUE DE DESPERTAR, de tempos em tempos o Senhor tem tocado trombetas para que estejamos alertas, para que despertemos, e como nos diz a Palavra, bem aventurado aquele que ouvir o toque da última trombeta (isso significa que estão acontecendo outros toques antes da “última”); por isso, esses são dias de temor e tremor, dias de buscarmos ao Deus e permitirmos que Ele revele a Sua vontade sobre nós.
Logo na sequência vem o Yom Kippur, momento de confessarmos os nossos pecados, nos arrependermos e consertarmos nosso altar diante do Senhor, sabendo que a EXPIAÇÃO perfeita se entregou na cruz do calvário como Cordeiro mudo que foi ao matadouro. A expiação envolvia sangue, muito sangue, ofertas de sacrifício.
O simbolismo e significa profético de cada uma das festas é sensacional. Deus é tremendo – anuncia minuciosamente o fim antes do começo de todas as coisas. Cada festa tem uma mensagem literal para época, uma mensagem profética em Cristo (cristofania) e uma mensagem escatológica para o fim dos tempos.
Escatologicamente, a Festa dos Tabernáculos é a imagem do futuro Reino do Messias, com o objetivo de lembrar os 40 anos que o povo hebreu peregrinou e foi sustentado por Deus no deserto, rumo a Terra Prometida.
Esta festa encerra essa celebração tríplice com grande estilo com uma exuberante explosão de alegria, mas também representa o nascimento e a vinda de Jesus – o Verbo que se fez carne e “TABERNACULOU ENTRE NÓS”.
Nenhuma das outras festas exigia tantos sacrifícios, enchia tantas estradas com tantos peregrinos e envolvia tanta participação diária das multidões como o Tabernáculos, também conhecida até hoje como Succot, ou ainda, Festa das Cabanas.
Cada família deveria montar uma barraca (cabana, tenda) para trazer à memoria a história da geração de Moisés que Deus arrancou do Egito e atravessaram o deserto rumo a Canaã; mas não foi só o povo hebreu que viveu em cabanas, o próprio Deus YHWH habitou numa tenda, quando revelou a planta do Tabernáculo, estabeleceu um ambiente “SANTO DOS SANTOS”, onde ano a ano se manifestava por meio do sacrifício que o Sumo Sacerdote apresentava diante da arca da aliança.
Em meio às expressões de júbilo, uma cerimônia realizada somente na Festa dos Tabernáculos ocorriam no último dia, aquele que o Evangelho de João chama de “...o Grande Dia”. João 7:37. As cerimônias serviam para instruir os israelitas de todas as idades acerca da redenção da qual Sukkot era apenas uma representação, um grande “tipo”, “sombra”. Na cerimônia havia o ritual da ‘Coleta da água’; um sacerdote ataviado com seus trajes imponentes e carregando uma jarra de ouro, percorria a longa descida pelas ruas tortuosas de Jerusalém até o Tanque de Siloé; onde iria coletar água no tanque e retornava ao Templo pela Porta das Águas, anunciado pelo toque do Shofar prolongado, onde o profeta Isaías no capítulo 12:3; profetiza acerca do derramamento do Espirito: “Vós, com alegria, tirareis água das fontes da Salvação”; mas Jesus dá um brado em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. João 7:37-38
Ele é o motivo e a razão desta festa, Ele Tabernaculou entre nós.
Feliz Tabernáculos!
Claayton Nantes
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