Nº 1185 – ANO XXIII – 10 a 16 de junho 2023
Ser chamado para ser pastor e cuidar do rebanho do Senhor Jesus Cristo de fato é um dos grandes privilégios que temos e também uma grande responsabilidade, pois além de nos relacionarmos com Deus, nos relacionamos com vidas que são preciosas para Ele. Sabendo quem nos chama e a quem iremos prestar contas do nosso chamado, aumenta significativamente nosso temor e tremor diante de Deus. No exercício de nossa vocação precisamos refletir sobre o Deus que chama, envia e capacita cada um de nós, uma vez que aceitamos de coração ser pastor. Deus decidiu usar o ‘ser humano’, é com a Igreja que Ele conta para realizar Sua obra no mundo.
Ao mesmo tempo que recebemos Dele todos os recursos espirituais para ser o que fomos chamados a ser, devemos nos consagrar a Ele incondicionalmente e sem restrições, Ele espera esta postura de todos nós, a renúncia do eu individual, pois somente assim Ele fará Cristo reinar em nós, esperança da glória Dele e da Igreja. A nossa consagração a Ele vai determinando o caráter ministerial que vamos exercendo na vida e missão da igreja. Devemos refletir também sobre nossa relação com as ovelhas que Ele tem confiado a nós e nas que estão perdidas como ovelhas sem pastor. Esta reflexão pode ir mudando muito o perfil do ministério pastoral confiados a nós. Pois é muita responsabilidade cuidar de pessoas que não nos pertence e sabendo de quem elas são de fato aumenta nosso sentimento de que não estamos lidando com coisas, mas com vidas preciosíssimas. Qual o valor de uma vida para Deus? Vale mais que o mundo inteiro. Qual valor temos dado as vidas que Deus e a Igreja tem confiado a nós? O que temos feito com elas; como cuidamos delas, para onde as encaminhamos, o que elas têm recebido de nosso pastoreio? De fato, elas são como pedras preciosas em nossas mãos, sob nosso cuidado. Se cuidamos bem de pedras preciosas, podemos cuidar muito melhor ainda destas ovelhas do Senhor. É fundamental termos clareza do proposito de Deus para este rebanho e o que Ele mesmo já fizera a favor delas. A parte de Deus no pastoreio já está pronta. Cabe ao pastor aprofundar em realizar a parte que lhe cabe, o que devemos fazer e como precisamos preceder neste santo ministério. “Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas”. João 10:2. No versículo 7 Jesus afirma que Ele é a porta das ovelhas. Portanto não há pastoreio legitimo se não for por meio Dele. Nós temos tido o privilégio de pastorear porque Deus em Jesus Cristo nos deu a Igreja. Vale lembrar em nosso ministério de João 15. Sem Ele nada somos e nada podemos fazer. Sem Ele não seremos frutíferos, não conseguiremos fazer o rebanho nos seguir nos caminhos da missão. Quem não vem para o ministério por meio de Jesus não se sustenta na vocação, não conseguirá exercer ministério frutífero na vida da igreja. Não terá forças para resistir as tentações e pressões que se levantam contra a obra de Deus, contra o rebanho do Senhor. Se tem havido muitos falsos pastores porque não estão entrando pela Porta, mas buscam ser por profissão humana, por mera influência de família ou quem sabe por serem indicadas para o ministério sem o devido chamado e fruto. Todo cuidado é pouco neste tempo de falsos ministérios que se levantam e acabam espalhando e ferindo o rebanho em vez de ajuntar e curar. Precisamos ser pastores que vão à frente do rebanho, não quem empurra o rebanho para fazer as coisas. Quem entra por meio de Jesus segue Jesus como exemplo e se torna exemplo para suas ovelhas, indo a frente e as ovelhas o seguem por ouvirem a sua voz e seguirem seu testemunho de vida.
"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. João 10:11. Assim como Jesus deu a vida por nós, suas ovelhas, devemos dar nossas vidas para que o rebanho sob nossos cuidados tenham o melhor e sejam as melhores ovelhas do mundo. Nosso chamado pastoral é sacrificial, de entrega, de renúncia, de dedicação, de cuidado e amor pelas ovelhas.
Bp. Adonias Pereira do Lago
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