Nº 1166 – ANO XXIII – 28/01 a 03/02 2023
Muito sabiamente a Palavra de Deus nos revela que “o povo perece por falta de conhecimento”; e a falta de conhecimento faz com que não venhamos entender a mensagem do Antigo Testamento.
A história do povo hebreu é fascinante, porém tem que ser analisada numa visão cronológica; em síntese, o povo de Israel chegou um momento que queriam um rei, não queriam mais ser governados por Deus, e foram pedir ao profeta Samuel que levantasse sobre eles um rei, e ao orar, Deus disse a Samuel: “Eles estão rejeitando a Mim e não a ti, então levanta sobre eles Saul como rei”, assim inaugura um período chamado: “Reino Unido”, que dura 120 anos; 40 anos com Saul, 40 anos com Davi e 40 anos com Salomão; ao passar a sucessão do trono para o filho Roboão, (por causa dos pecados do pai), quebra o reino; aumenta os impostos, e entra um período de Reino Dividido: Reino do Norte – Israel, capital Samaria, que somavam 10 tribos, perduraram 209 anos, 19 reis e é tomado pela Assíria. Reino do Sul – Jerusalém, capital Judá, embora fossem só 2 tribos, eram da linhagem de Davi, e perduraram 345 anos e foram levados para o cativeiro babilônico, embora tiveram 21 reis, nunca saiu da linhagem do rei Davi, conforme promessa feita pelo Senhor.
Jerusalém é invadida por Nabucodonosor, que destróem o templo e levam os jovens cativos; cativeiro esse que vai durar 70 anos, passando pelos reis: 562 aC., Nabucodonosor morreu e foi sucedido por Evil-Merodaque (ou Amel-Marduque), que libertou Joaquim e o tratou com bondade (2 Reis 25:27-30). Neriglissar o sucedeu em 560 e reinou até 556 a.C, com um pequeno período reina Labasi-Marduque .
556 aC., Nabonido, filho, ou possivelmente neto de Nabucodonosor, sucedeu-o no trono em 556. Ele fez campanha bélica na Arábia e depois, durante uns dez anos, passou a maior parte do seu tempo em Teima, um oásias árabe. 550-549 aC., Belsazar, filho, genro ou neto de Nabonido, tornou-se regente da Babilônia. Pode ser que ele tenha se tornado rei com direito próprio antes dos acontecimentos ocorridos em 539 a.C.
O império babilônico é tomado por Ciro, e agora no império Medo-Persa, ele autoriza o povo retornar para Jerusalém, que retornam em 3 etapas.
O rei Ciro, o Grande, rei da Pérsia (que conquistou Babilônia em 538 a.C.), reina um pequeno período e é sucedido por Cambises, Smerdis até que Dario I o sucede (que foi governador da Babilônia em 522—486 a.C.) são pessoas diferentes. Já Xerxes I (marido de Ester) é o mesmo Assuero (486— 465 a.C). O rei Assuero foi filho de Dario I, neto de Ciro e o pai de Artaxerxes I, o mesmo Artaxerxes que aparece no contexto de Esdras e Neemias (Ed 7:1; Ne 2:1). Artaxerxes I foi rei da Pérsia e a governou de 465—423 a.C; sucedido por Xerxes II e Dário II até Alexandre o Grande, da Grécia tomar o poder.
A primeira leva retorna sob a autorização de Ciro, e vai na liderança de Zorobabel, e o sacerdote era Josué; com o propósito de reconstruir o Templo do Senhor.
Porém, com todas as dificuldades e resistências desanimam e essa reconstrução é paralisada. Até que vem uma segunda leva de exilados, dos quais, Ageu fazia parte deste grupo.
Não temos muita informação deste profeta e sua família, mas acreditamos que era um profeta já idoso, que tinha nascido na Babilônia, dentro do período do cativeiro, e ao chegar em Jerusalém, ele desafia o povo. Seu livro traz quatro palavras proféticas que aconteceram num período de quatro meses, e ele introduz o profeta Zacarias, que era jovem, e continua a mesma mensagem de Deus, como profetas pós-exílio, trazem uma palavra de incentivo, fortalecimento, ânimo.
O nome Ageu significa “festa, festivo” (provavelmente nasceu em uma das festas de Israel). Reconhecido como profeta da reconstrução, ele incentiva, anima e fortalece os desanimados dizendo: “Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos”... “pois a glória desta última casa será maior do que a primeira”.
Claayton Nantes
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