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BOLETIM 1149 - Jesus, nosso Yom Kipur

Nº 1149 – ANO XXII – 01 a 07 outubro de 2022


Nesta semana é comemorado no calendário judaico uma das mais importantes festas do judaísmo – “o Dia do Perdão”. Porém, quando entendemos o que muito bem explicou o escritor de Hebreus: “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam” (Hebreus 10:1); entendemos então que Jesus é o nosso Yom Kipur.

No Yom Kipur tudo é executado pelo sumo-sacerdote. Jesus é o Sumo-Sacerdote, que realizou o Kipur Eterno, não segundo a ordem de Arão, mas sob uma ordem superior, a de Melquisedeque: “Jurou o SENHOR, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.

O bode sacrificado representa aquele aspecto da morte do Messias que vindica a santidade e a justiça de Deus: “Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hebreus 10:10).

O bode emissário aponta para o Cristo de Deus que recebe os pecados sobre si: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (1Pe.2:24 cf. Is.53:6). E que levou os pecados para o abismo do esquecimento: “Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniquidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar” (Mq.7:19; cf. Is.43:25).

O sumo-sacerdote entrando no Santo dos Santos é um tipo de Cristo entrando no santuário celestial: “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb.9:11-12; cf. v.24).

Jesus Cristo como sumo-sacerdote também é a oferta para a expiação do pecado, o qual triunfou sobre a morte para nos dar a vida eterna: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb.9:28). O ‘dia do perdão’ tem um caráter especial dentre todas as outras festividades, pois naquele dia era feita a expiação pelos pecados de toda a congregação de Israel. Isso é a própria cristofania: O Yom Kipur realizado pelo Messias – Jesus – abriu o caminho do trono de Deus para o fiel: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,” (Hb.10:19-20). Assim como fomo perdoados por Deus em Cristo, devemos perdoar: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef.4:32).

Perdão é uma demonstração de amor: “Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama” (Lc.7:47).

Após a “angústia de Jacó” (Jr.30:7) haverá redenção, perdão para Israel: “E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O SENHOR é o meu Deus” (Zc.13:9).

O dia do Yom Kipur foi realizado na cruz do Calvário, através do sacrifício vicário do Senhor Jesus, o Filho de Deus, e em virtude disso todos os judeus e gentios podem ter o Perdão Eterno. A última parte do cerimonial de Yom Kipur chama-se Neilá, que consiste na oração de encerramento. Nesta parte final intercala-se o toque do Shofar, soado em lembrança do que ocorreu na outorga da Torá (Êx.19:13), com o Shemá Israel, que é recitado em meio à oração: “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR” (Dt.6:4).

Claayton Nantes

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