Nº 1087 – ANO XXI – 24 a 30 de julho de 2021
Vivemos um tempo em que as crianças já “nascem conectadas” e estão sendo introduzidas à tecnologia precocemente. Isso tem desencadeado distúrbios e ocasionado prejuízos até irreparáveis para alguns.
Anos atrás as dependências eram identificadas como vícios (de cigarro, fumo, drogas, entorpecentes, álcool, pornografia e promiscuidades). Hoje, além destas, temos já pessoas viciadas em games, compulsão cibernética já estudados como transtornos de saúde mental, quando não compulsão pelo trabalho virtual (workaholic, ergomaníaco ou até multi personalidade virtual.
Esta geração está desenvolvendo comportamentos prejudiciais por não saber viver “offline”. Vivem uma compulsão online, para mostrar o que não têm e para tentar agradar ou impressionar a quem não conhecem.
As crianças, adolescentes, jovens e até adultos se iludem com a “fama virtual”, que, na prática, não existe – e aí desenvolvem depressão, stress e ansiedade por coisas superficiais.
O desespero pela aceitação virtual na expectativa de “curtidas” ou altos números de seguidores nas redes sociais faz a pessoa desenvolver um “status” que na vida real não existe.
As redes sociais têm uma velocidade além da cronológica, provocando uma ganância por publicações para estar no ranking das curtidas, e o pior disso tudo é que além de um relacionamento absurdamente superficial, as redes sociais aproximam os distantes e afastam os que estão próximos. E quando se está próximo desse mesmo “distante”, não há diálogo presencial, porque já foi conversado tudo online, e com isso vai-se abrindo cada vez mais um poço fundo, trazendo um vazio existencial que inconscientemente conduz a pessoa a uma insaciedade inalcançável.
O mundo online pode influenciar o ser humano de forma negativa, levando-o a basear suas referências de autoconhecimento em feedbacks virtuais, colocando as expectativas dele além da realidade familiar e pessoal.
Essa pessoa desenvolve um personagem surreal, que não corresponde à vida cotidiana. Isso se torna mais intenso com a série de filtros aplicados, quando se cria uma imagem (fake) que estabelece um alto padrão de beleza que não é verdade. Tudo isso só aumenta a frustração e alimenta a rejeição, fazendo a pessoa acreditar que é o personagem virtual que criou, o que lhe rouba a individualidade, a identidade e a privacidade. No entanto, é preciso ser feliz offline, pois a vida offline é a verdadeira realidade – é nessa vida que é preciso investir, é essa que se deve valorizar. É essa que se deve viver.
A internet dita tendências, e muitas são nocivas à vida das pessoas. A ganância por conquistar visibilidade tem se tornado uma busca desenfreada, e muitas situações que esse desequilíbrio provoca têm causado danos emocionais. Diante do isolamento que a pandemia provocou, muitos mergulharam no universo virtual e brincadeiras perigosas, causando danos gravíssimos à psiquê.
Jesus já sabia do mal que isso tudo traria, por isso Ele nos alinhou: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mateus 5:27-28
Na lei, o pecado acontecia quando consumado e testificado com duas ou três testemunhas. Hoje o pecado está a um “click” virtual: adultério, fornicação, pornografia, ou mesmo intenções maliciosas que são incentivadas através do mundo virtual.
CUIDADO! Permaneça atento ao que você acessa e controle quanto tempo você passa online, porque a verdadeira vida é offline. Não viva uma ilusão e não se preocupe em passar para os outros uma realidade que não é a sua.
Descubra o verdadeiro valor da vida e viva intensamente, cumprindo o chamado que recebeu do Senhor, e alcançando a expectativa que Deus determinou sobre você.
Claayton Nantes
Gosto do seus alerta .apesar de não saber muito sobre tecnologia