Nº 1066 – ANO XXI – 20 a 26 de fevereiro de 2021
Tanto a ‘cosmogonia’ como a ‘cosmovisão’ sempre despertaram muito interesse à humanidade. A sede do desconhecido, a busca da verdade dos extremos – o que aconteceu na criação e o que vai acontecer no término!
Cosmogonia é definida pelo dicionário como o conjunto das teorias, doutrinas, princípios ou conhecimentos que se dedicam à explicação sobre a origem do universo – cosmogênese.
Cosmovisão é o estudo, a análise das tendências que o futuro proporciona. Um conjunto ordenado de valores, crenças, impressões, sentimentos e concepções de natureza intuitiva, anteriores à reflexão, a respeito da época ou do mundo em que se vive.
O fascinante da Palavra de Deus é que “tudo o que foi escrito para nosso ensino foi escrito”, que Paulo define muito bem em Romanos 15:4-6; Assim também como o escritor de Hebreus no capítulo 11, da “Galeria da fé”, deixa implícita a mensagem de que o “Antigo Testamento é sombra das coisas que hão de vir”, reiterado por Paulo em Colossenses 2:16-17 – “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”.
Com esta visão entendemos um pouco do “tempo cíclico de Deus”. Situações que eram ‘sombra’ no Antigo Testamento mas que apontam para algo que há de acontecer, uma alegoria perfeita que só o Criador pode proporcionar.
E o ‘dilúvio’ é uma delas – uma alegoria perfeita do juízo de Deus.
A humanidade tinha chegado a um nível de corrupção tal que Deus decidiu destruir por tamanha maldade da raça.
Sabemos que desde o momento em que Adão e Eva pecaram o pecado maculou a espécie humana. E quando geraram, um dos filhos assumiu a linhagem do bem, porém o outro do mal.
Abel fez um sacrifício agradável ao Senhor, mas Caim pela inveja e ciúmes matou e sepultou a seu irmão Abel.
Até que eles alcançam do Senhor um outro filho, “Sete”, e a partir de sua linhagem voltam a buscar ao Senhor.
A linhagem de Caim, tornou-se totalmente maligna, querendo alcançar justificação pelos próprios feitos, obras, e nisto, só multiplicaram as obras da carne, dominados pela alma, com a natureza adâmica afrontam a Deus, a ponto de sua descendência chegar ao cúmulo do absurdo do 7º depois de Adão desafiar a Deus, matando 2 pessoas, e contar isso como vantagem – Lameque.
É desta linhagem que surgem os ‘gigantes’ na terra, (homens de grande estatura), a descendência de Caim, os cainitas, homens maus aos olhos de Deus. O gigantismo muitos creem ter sido o “sinal que Deus colocou em Caim” para que ninguém o matasse, a herança genética do pecado levando o ser humano a produzir seres humanos com estatura acima do normal.
Mas a linhagem de Sete, buscou ao Senhor, e desta linhagem encontramos Enoque (que andou com Deus e Deus o tomou para Si), encontramos Matusalém, o homem que teve a maior longevidade alcançando 969 anos, até chegar a Noé, homem com o qual Deus faz uma aliança, que perdura em 3 tempos – pré dilúvio, dilúvio e pós dilúvio. Isso é uma alegoria para o juízo final. Assim como Enoque é uma alegoria do arrebatamento da Igreja, o dilúvio se torna uma alegoria da Aliança de Deus com um povo antes, durante e depois da tribulação.
O fato é, o dilúvio foi real, foi uma demonstração do juízo de Deus, onde somente 8 pessoas se salvaram e repovoaram o mundo; porém, somente esses 8 que se salvaram?! Creio que não, mas que o Deus Todo Poderoso recolheu antes das terríveis chuvas que mataria toda humanidade, o Senhor tomou para si os que O agradavam. Vale refletir no paralelo com nossos dias, pois tendo em vista ser sombra, está aí uma das razões por que tantos cristãos têm sido recolhidos, seria este um sinal do juízo que está por vir?!
Claayton Nantes
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