Nº 1062 – ANO XXI – 30/01 a 05/02 de 2021
O poder de persuasão da Palavra de Deus penetra os lugares mais secretos do coração. É assombrosa a maneira como o Espírito de Deus inflama as palavras das Escrituras nos lábios do pregador e as aplica pessoalmente a cada ouvinte.
A Palavra de Deus é penetrante, pungente, persuasiva e reconfortante – tudo ao mesmo tempo.
A proclamação da palavra é fundamental para a vida e para a piedade. É por essa razão que a igreja precisa priorizar sempre uma pregação audaciosa da Palavra de Deus.
Considerando as leis da física e os sentidos humanos, quanto mais longe estamos de um objeto, mais dificuldades temos para enxergá-lo com nitidez e clareza de detalhes. Quanto mais distantes ficamos de um rádio ligado, mais dificuldades temos para ouvir e compreender o som que sai de seus alto-falantes. A mesma lógica é válida para o nosso relacionamento com Deus.
Se estamos longe dEle, não oramos, não lemos a Bíblia, não frequentamos uma igreja, não temos comunhão com outros cristãos, e é mais difícil obter respostas para nossas inquietudes e orientações para as decisões que devemos tomar. Mais míopes e surdos nos tornamos em compreender Seu plano e Sua vontade para nós.
Muitos estão aceitando passivamente “um novo normal”, que se acostumaram e se acomodaram em casa, num esfriamento total. Na desculpa de que “Igreja somos nós” e não precisamos de um templo ou uma denominação para servir ao Senhor, estão cada vez mais distantes do evangelho da cruz, e com isso vão esfriando a vida devocional, leitura da Palavra e uma vida de oração, louvor e adoração.
Não podemos estar distraídos, pois o diabo não está para brincadeira. Nosso mundo não é mais o mesmo. As coisas mudaram, muitas se corroeram. A agenda do anticristo quer arrastar a sociedade para uma “era pós-cristã”, que sutilmente vai abrindo mão dos valores, conceitos e legados da Palavra de Deus.
Desconectados da Bíblia, o sistema tem implantado com sutileza que não existe nenhuma verdade absoluta. O engano é tão sutil que somos levados a acreditar que o errado é certo e o mau é bom.
Décadas atrás, o teólogo Francis Schaeffer escreveu: “Eis o grande desastre evangélico: a negligência dos crentes em defender a verdade como verdade. Há apenas uma palavra para isso: acomodação – a igreja evangélica se acomodou ao espírito mundano desta época”.
É hora de acordar e renovar nosso desejo por aquilo que Jesus está construindo. Só conseguiremos interromper o desvio da igreja a partir do momento em que ela retornar ao compromisso de seguir o projeto inspirado descrito no livro eterno – Bíblia.
A realidade deixou de ser real e tornou-se virtual. E agora, uma vez que a realidade foi distorcida e entendida como algo repugnante, a geração mais nova prefere a virtualidade, rasa, superficial, e sem compromisso algum. A realidade causa-lhe tédio. O modo de pensar com base na operação objetiva da verdade das Escrituras foi substituído por uma forma subjetiva de pensamento secular, totalmente fundamentada em uma percepção horizontal humanista em que predomina o ego. O desejo do pós-modernismo consiste em destruir todo critério moral e substituir por critério nenhum. Ele deseja um mundo onde tudo é relativo, onde não existe nenhuma verdade e a única realidade é a percepção.
É hora de despertarmos do sono, alguns, saírem do encantamento, percebermos a tempo o quanto a igreja se desviou e deixou a apostasia se alojar, com a desculpa de proteção e cuidado, sutilmente destilou seu veneno que levou muitos a indolência, indiferença e frieza espiritual.
“E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado, rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz”. Romanos 13:11-12.
Nós não temos tempos a perder, muito pelo contrário, é tempo de remir o tempo, pois os dias são maus. Fique firme, olhando para Jesus, autor e consumador da fé.
Claayton Nantes
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