Nº 1046 – ANO XX – 10 a 16 de outubro de 2020
A Palavra de Deus nos garante que “tudo o que está escrito, para nosso ensino está escrito”, por outro lado, o Antigo Testamento é sombra das coisas que hão de vir. É tremendo observarmos como o livro e a história do profeta Jonas é uma mensagem não só messiânica, mas também escatológica, uma mensagem profética para Israel, as nações e a Igreja.
Quando lemos o livro de Jonas, observamos que tudo está à disposição do Senhor, Ele é o Deus que manda a tempestade, Ele é o Deus que sustenta as madeiras do navio, Ele é o Deus que ordenou um grande peixe para engolir o profeta, Ele é o Deus que ordena ao peixe que o vomite na estaca zero. Tudo está à disposição do nosso Deus.
Deus é aquele que fala o fim antes do começo de todas as coisas.
No livro de Jonas encontramos traçado de maneira profética todo o Plano de Salvação de Deus para a humanidade, desde a primeira vinda de Jesus até o Seu retorno.
Jonas foi o único profeta com o qual o Senhor Jesus se comparou diretamente.
Referindo-se ao livro de Jonas, Jesus indicou que ele é profético. Pois quando chamou a geração do povo judeu do Seu tempo de “geração má e adúltera”, Ele disse: “... nenhum sinal lhes será dado, senão o do profeta Jonas”. Mateus 12:39.
O caráter de Jonas, teimoso, fuga, pagando uma passagem desnecessária, isso representa a nação de Israel, um povo imperfeito, de caráter fraco, caprichoso, teimoso e desobediente.
Em Jonas 1:1-2 observamos que não está escrito “veio a Palavra do Senhor a Nínive”; mas: “... a Jonas, filho de Amitai”. Assim Deus já revela uma verdade espiritual irrefutável: o livro de Jonas começa com a Palavra de Deus sendo dirigida a um israelita – exatamente como começou o Plano de Salvação de Deus para as nações. Através de um judeu chegou a nós. Israel é o canal da revelação divina, a fonte dos profetas e o guia que conduz a Jesus.
A salvação vem dos judeus. João 4:22; Romanos 9:4-5, e voltará a Sião para Israel e para o mundo. Romanos 11:25.
A mensagem do juízo e salvação de Deus aos gentios em Nínive foi transmitida por Jonas, um judeu.
Assim como Jonas primeiro fracassou miseravelmente, assim também Jonas, se levantou, mas para fugir da presença do Senhor. Duas vezes lemos em Jonas 1:3: “... longe da presença do Senhor”. Do mesmo modo, por 2000 anos Israel está espiritualmente “longe da presença do Senhor” e uma grande parte desse povo está cego para Ele. João 1:11.
Eles estavam “longe da presença do Senhor”, quando Jesus esteve entre eles, eles O rejeitaram.
O próprio Jonas pagou sua própria passagem, talvez uma ilustração das alianças que Israel sempre fez com as nações, cujo custo sempre teve que pagar; e está pagando um alto preço.
Em todo o período da história, Israel sempre teve de pagar e pagar contas altas. Já por 2 vezes perderam o templo. “longe da presença de Deus” mostra como Israel se tornou cego no decurso da história. Jonas 1:4-5.
Aqui vemos profeticamente Israel no meio do mar das nações, longe da sua terra. Sempre quando os judeus foram para fora da sua terra, quando ficavam entre as nações – não mais sob a direção de Deus – eles próprios enfrentavam grandes aflições e se tornavam motivo de grande aflição para as nações. Apesar disso, eles também foram sempre um testemunho do Deus vivo.
Apesar de Jonas estar refugiado no porão do navio, bem escondido e isolado, ele não conseguiu permanecer ali sem ser descoberto. Assim também aconteceu aos judeus: durante os séculos passados os israelitas sempre se esconderam entre as nações, permaneceram anônimos, trocaram seus nomes para não serem reconhecidos – mas nunca conseguiram ficar ocultos.
Jonas 1:6-7– Israel sempre foi motivo de zombaria e é declarado culpado pelo infortúnio dos povos. A sorte sempre caiu sobre os judeus da maneira mais infeliz. Jonas 1:8-10.
Quando os marinheiros perguntaram a Jonas: “.... de que povo és tu?”, e Jonas respondeu: “Sou hebreu”, está escrito: Então os homens ficaram possuídos de grande temor. O mundo sempre vacilou por causa desse povo. Basta lembrar apenas dos grandes impérios da Babilônia, do Egito, de Roma e do reino nazista.
Enquanto Israel não encontrar o seu descanso em Deus, o mundo não achará descanso. Este povo é a resposta para a inquietude das nações. Jonas 1:11.
Jonas 1:12-16. Primeiro os marinheiros “clamavam cada um ao seu deus” (vs. 5), mas agora está escrito: “... clamaram ao Senhor Deus de Israel”. Nestes versículos é apresentado de maneira profética o mistério espiritual de Israel ser “jogado ao mar”, o que se tornou a salvação das nações. Romanos 11:11-16.
Jonas havia sido chamado por Deus para ir a Nínive, mas desobedeceu a essa ordem e involuntariamente tornou-se uma bênção para os homens no navio, que de outro modo provavelmente nunca teriam sido confrontados com o Deus dos hebreus – Jesus veio para os que eram Seus, mas o Seus O rejeitaram para que a graça chegasse aos gentios, às nações, a mar deste mundo!
Antes que Nínive fosse salva, os homens do navio foram salvos, de modo que clamaram ao Senhor, temeram a Deus, ofereceram-Lhe sacrifícios e fizeram votos. Pararam com seus próprios esforços tentando se salvar – remavam com toda força – pararam com isso, para fazer o que o profeta pediu: Me lancem no mar.
Agora, profeticamente, esses marinheiros que eram ímpios, gentios, pagãos, depois de se converterem, representam nós – “a Igreja do Senhor Jesus”, que profeticamente a Igreja de Jesus está em meio ao mar das nações, e precisam lançar seus “Jonas” ao mundo, lançar seus “Jonas” ao mar, para que Deus os leve onde devem ir.
Agora, o GRANDE PEIXE (também é uma figura profética da Igreja), que engoliu àquele que tem um chamado, mas que se permanecer no ventre, causa indigestão e sem contar que também vive insatisfeito.
Toda vida de Jonas e o cumprimento do seu chamado foi tudo inconscientemente, porém, aos olhos dos homens “parece uma desobediência”, mas até na desobediência ele cumpre o propósito de Deus.
Antes e Deus abençoar todas as nações (Nínive) em Israel e através de Israel no Milênio, Ele salvou para Si uma Igreja (marinheiros/igreja) do meio de todas as nações, em meio a uma terrível tempestade em alto mar, um mar bravio e por meio de muitas tribulações.
Em resumo:
O mar simboliza o mundo ímpio das nações como um todo.
Nínive representa as nações que estarão sob a bênção de Deus futuramente no Milênio.
Os marinheiros apontam para a Igreja, que é salva dentre o mar das nações e que encontra descanso e paz como um pequeno grupo num navio. Lembre-se 12 discípulos no barco no mar agitado pelo vento, depois que o Senhor Jesus acalmou o vento e as ondas. Marcos 4:36-39.
Jonas representa Israel, mas também o Senhor Jesus.
Claayton Nantes
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