Desde a Criação o Espírito Santo estava presente. Ele é Deus, Ele é autoexistente, Ele é Eterno (de Eternidade a Eternidade), Ele é a Terceira Pessoa da Trindade. Sempre agindo e Se manifestando de formas bem variadas. Antes da criação, Ele pairava sobre a face das águas. Ele está intrínseco quando Deus Pai foi fazer o ser humano – “façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Algumas pessoas equivocadamente pensam que o Espírito Santo não atuava no Antigo Testamento, o que não é fato. É bem verdade que em todo o Antigo Testamento a maior eminência é do Criador – o Pai, o Deus Todo Poderoso; nos quatro Evangelhos a eminência é do Filho, O Verbo que Se fez carne e habitou entre nós. Mas a partir do Pentecostes, a eminência na Terra é da Terceira Pessoa da Trindade – Deus Espírito Santo. É inegável Sua atuação e manifestação na obra da Redenção, pois é Ele que convence o homem do pecado, do juízo e da justiça, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor senão pelo Espírito Santo.
No Antigo Testamento, o Espírito Santo capacitava as pessoas de forma especial, assim como fez com os artífices Bezalel e Aoliabe. Dois homens que foram capacitados pelo Espírito Santo para fazerem incríveis obras de arte para o Tabernáculo de Deus. Além disso, eles tinham o dom de ensinar outras pessoas sobre esse ofícios (Êxodo 35:30-34)
Foi o Espírito Santo quem capacitou os juízes de Israel, como o forte Sansão, o canhoto Eúde, Gideão, Débora e outros. Pessoas habilitadas pelo Espírito Santo para que pudessem libertar o povo de Israel de seus opressores.
Mais tarde, vemos também que alguns reis foram capacitados com o Espírito Santo. Quem mais se destacou assim foi o próprio rei Davi (Salmo 51:11). Na verdade os reis de Israel eram ungidos com óleo que naquele contexto simbolizava a unção do Espírito Santo que era só de “visitação” – hoje – Ele é de “HABITAÇÃO”.
Uma grande evidência também era a capacitação e distribuição de dons do Espírito Santo no ministério dos profetas do Antigo Testamento – homens como Elias e Eliseu, foram grandiosamente dotados do Espírito Santo. Outros, como o profeta Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, além de terem sidos separados para servirem como mensageiros de Deus, ainda foram escolhidos e capacitados para registrarem as Escrituras, assim como os apóstolos também foram no Novo Testamento.
Tudo isso significa que a manifestação do Espírito Santo no Antigo Testamento era essencialmente a mesma que no Novo Testamento. Ele regenerava, santificava, guardava e capacitava o povo de Deus.
Na obra da salvação, o Espírito Santo continou regenerando e santificando o homem. É Ele quem aplica a obra da redenção executada por Cristo na vida do pecador. Porém, no que diz respeito à capacitação, no Novo Testamento podemos perceber que o Espírito Santo passou a atuar e se manifestar de forma mais intensa no povo de Deus – IGREJA.
Enquanto apenas algumas pessoas específicas eram capacitadas por Ele para o ministério no Antigo Testamento, no Novo Testamento, o Espírito Santo foi derramado sobre todos os redimidos. Isso ocorreu como cumprimento das promessas proclamadas desde o Antigo Testamento.
O profeta João Batista também anunciou que o Messias seria Aquele capaz de batizar com o Espírito Santo (João 1:33; Mateus 3:11; Atos 1:4-5).
Durante Seu ministério terreno, o próprio Jesus falou sobre a manifestação do Espírito Santo. Ele garantiu que o Auxiliador, isto é, a pessoa do Espírito Santo, seria enviado ao Seu povo (João 14).
Além disso, Ele deu ordens específicas para que seus discípulos ficassem em Jerusalém aguardando o derramamento do Espírito.
Quando finalmente o momento do derramamento do Espírito chegou, o apóstolo Pedro entendeu o tamanho do significado daquele evento que representava a transição da Antiga Aliança para a Nova Aliança. Aquele momento histórico apontava para o cumprimento do que havia sido profetizado pelo profeta Joel: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão”. Atos 2:17-18.
O derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes foi acompanhado por sinais que apontavam para a legitimidade daquele evento, tais como o som de um vento impetuoso, línguas repartidas como que de fogo, e todos que estavam ali reunidos começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito Santo concedia que falassem.
O Novo Testamento revela em várias passagens que o Espírito Santo capacita o povo de Deus com dons especiais para o exercício do ministério cristão. Um dos textos mais conhecidos a esse respeito encontra-se no capítulo 12 de 1 Coríntios.
Algo que é fundamental nesse texto, pois revela o próprio objetivo do apóstolo Paulo ao escrevê-lo, é entender que a distribuição dos dons é feita pelo próprio Espírito Santo e de forma soberana; de modo que expressa a própria diversidade dos membros do Corpo de Cristo.
Em outras palavras, os dons não servem para determinar quem é o mais espiritual na comunidade cristã, mas servem para a edificação da Igreja. Por isso o Espírito Santo os concede a quem Ele quer. Mas todo cristão verdadeiro deve ter o desejo de ter uma vida plena do Espírito Santo, buscando com diligência a capacitação concedida por Ele, a fim de poder ter uma vida santa diante de Deus!